
Diante as expectativas positivas do governo no que tange a relação de empregos em plena crise mundial os números sempre são alvo fácil para demonstrar que o cenário não é tão cristalino como anunciado. A renda média do trabalhador está praticamente paralisada, sendo que a mesma se encontra atrás de países como: Argentina, Colômbia ou Paraguai.
Vale ressaltar que foram quase 40 milhões de demissões nos últimos quatro anos. Existem diversos motivos à queda atual, um deles é o aviso do governo no que tange a homologação da lei que expande os 30 dias de aviso prévio para 90 dias. CAGED afirma que ouve queda de 23% na geração de emprego com carteira assinada no mês de julho.
Foram contabilizados 140.563 novos postos de trabalhos, valor 22,6% menor do que no ano passado. Em 2008 aconteceu o grande recorde com 203.218 mil novas vagas vagas criadas. Sem contar que o próprio ministro Carlos Lupi acreditava que o índice seria igual ao do ano passado, porém os valores não corresponderam às expectativas governamentais.
Porém, as desculpas da vez do ministro foram as férias e entressafra do Sul e Nordeste do país: “O mês de julho nunca é um mês que puxa o emprego. Você tem alguns comportamentos no mês de julho que prejudicam um pouco, como as férias escolares e a queda no Sul e Sudeste na área agrícola. Acredito que agosto vai ter um comportamento muito positivo e setembro também”.
Os números são divulgados pelo CAGEB(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), órgão intimamente ligado ao Ministério do Trabalho. Sendo que os setores mais responsáveis pelos números considerados foram:
- Indústria da Transformação: 23,6 mil
- Construção Civil: 25,6 mil
- Comercio: 28,5 mil
- Serviços: 45,9 mil
A região do sudeste ainda continua sendo o principal gerador de trabalho formal. Foram gerados 69,2 mil novos postos de trabalho, sendo que o centro-oeste registrou o pior índice: 12.479. De 2003 até julho deste ano foram contabilizados quase 17 milhões de novos empregos registrados.
Em 2011 o cenário continua pior do que no ano passado, queda de 14%, de 1,8 milhões para 1,5 milhões se contabilizados o primeiro semestre no ano mais julho.
Mesmo assim o ministro Lupi ainda continua confiante na meta estipulada para três milhões de empregos novos: “Mantenho meus três milhões de empregos formais. Nós esse ano, por não ser ano eleitoral, temos um comportamento diferente do ano passado. Vamos ter um acréscimo muito mais significativo, com concurso público”.
Foto: cnta sul no Picasa