
As vagas com carteira assinada são as mais almejadas no mercado de trabalho. Segundo o CAGED, depois do pequeno crescimento de março devido ao carnaval (92 mil vagas) acontece aumento de 0,75% com o surgimento de mais de 270 mil oportunidades. Pode-se dizer que o Brasil vem aumentando a geração de empregos formais, porem o ritmo não é tão aquecido como no último semestre do ano passado quando em abril de 2010 o índice era de quase 350 mil, um recorde alcançado.
A construção civil e o comércio são os grandes fenômenos do índice em abril que apesar de fraco crescimento promete retomada eficaz no segundo semestre deste ano, quando o governo almeja bater novamente o recorde na geração de empregos formais. Muitos economistas dizem que o crescimento atual não está tão alto uma vez que o governo almeja conter a inflação. Como o BC almeja atualmente segurar gastos e créditos uma vez que o objetivo é diminuir a atividade econômica, a geração de empregos formais acaba sendo abalada naturalmente.
A construção civil é o setor onde se espera maior nível de crescimento por três motivos: PAC, Copa do Mundo e Olimpíadas. No primeiro quadrimestre do ano passado eram 920 mil empregos formais oferecidos, já neste ano são aproximados 790 mil. Estes números correspondem diretamente com o crescimento econômico; No ano a passado o país cresceu 7,5% sendo que no final deste a maioria dos analistas aponta crescimento para 3,5%, no máximo 04%.
A grande charada de toda questão da atual geração de emprego é entender se realmente a medida vai conter o aumento da inflação. A discussão é intrigante. Um bom paradigma é o setor de serviços onde à inflação é e sempre foi alta e, atualmente, é um dos setores que mais disponibilizam vagas de empregos, formais e informais – de janeiro à abril de 2010 foram gerados aproximados 360 mil empregos, enquanto que em 2011 são contabilizados 403 mil.
Mesmo diante crescimento inferior do que o ano passado na geração total de emprego, o setor de serviços, com toda sua inflação, conseguiu aumentar o número de vagas formais. Como que o governo ou o BC explicam? E a oposição, porque ao invés de fixar forças no caso Palocci não se alarma publicamente diante às medidas econômicas do governo?
Foto: Memórias do PAC no Flickr