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Características básicas do jornalismo comunitário

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O jornalismo comunitário
Conheça as características do jornalismo comunitário

Se você é do tipo de pessoa que aprecia contestar o sistema injusto em que vivemos, e gosta de fazer isso escrevendo ou tendo participação direta em encontros ou eventos de comunidades, pode ter certeza que o jornalismo comunitário é uma área que se encaixa no seu perfil. Para quem gosta de cobertura política, mas não conseguiu entrar na cobertura especializada específica, o jornalismo comunitário acaba sendo uma grande saída devido ao alto poder de reivindicação que textos sobre comunidades requerem. Não são gêneros iguais, mas possuem aspectos semelhantes de alto poder de contestação.

Pode-se dizer que com a democracia tardia surgiu um crescimento metropolitano desproporcional à capacidade da estrutura das grandes capitais, um boom de comunidades dentro de uma só sociedade. Porém, o povo rural também quer ser ouvido. Esteja certo, o jornalismo comunitário se encaixa nos dois perfis. É interessante notar que normalmente a especialização das frotas destes jornalistas ocorre dentro das comunidades (bairros, vilarejos, aldeias, povoados, distritos, favelas, entre outros) e não no ambiente formal da academia. Por isso, este pode ser considerado um tipo de jornalismo criado por moradores de comunidades. Contudo são encontrados também grandes investimentos no mercado comunitário jornalístico, como o programa de telejornalismo “SP TV, da Rede Globo”.

É aqui que o povo tem voz na imprensa, pois este gênero desmistifica o mito dos diretos humanos, colocando a realidade nua e crua na frente de todos os consumidores de informação. O folclore sobrevive contra grande parte das manifestações da indústria cultural. O jornalista comunitário conspira junto com a população, explicitamente. Este gênero jornalístico é um instrumento de transcendência que dá visibilidade ao oprimido não como marginal, mas sim como o cidadão que apesar da pobreza é muito capaz de superar sua condição.

O jornalismo comunitário policia os políticos e como tal acaba resolvendo diversos problemas sociais que se não fossem divulgados previamente, provavelmente nunca seriam sanados. Ele é a maior representação do objetivo jornalístico de informar e espelhar a sociedade como um todo. O redator que almeja fugir do controle ideológico das informações dos grandes conglomerados de comunicação devido a sua fome de críticas, fatalmente adentrará a área.

Este é o primeiro tipo de jornalismo brasileiro, foi quando Hipólito da Costa percebeu que a família real que fugia do galicismo francês não tinha tanta razão, ele começou a contestar a realeza não desistindo de confrontar também a própria burguesia francesa em fraca defesa inglesa. O movimento da imprensa comunitária continuou ainda na clandestinidade quando os Quilombos dos Palmares divulgavam informações debaixo dos narizes dos Capitães do Mato.

Portanto, a preferência de concepção para o jornalismo comunitário é a de jornalismo feito para auxiliar o povo carente, um compromisso para com a sociedade. Coloque a “teologia da libertação” altamente em prática. Na dúvida, pense que este gênero jornalístico é semelhante ao conceito de comunidade, grupo de pessoas que respiram em conjunto, espaço de encontro dentro da cidade onde todos se acham e encontram suas raízes, lutam juntos por melhorias, por qualidade de vida, enfim, cuidam uns dos outros.

Foto: dicasgratisnanet.blogspot.com

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