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Ciências Sem Fronteiras: Brasil precisa dobrar oferta de bolsas para atingir metas

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Programa Ciências Sem Fronteiras
Programa Ciências Sem Fronteiras
Governo Federal ambiciona conceder 101 mil bolsas de estudos até 2014 para estudantes que desejam cursar graduação, mestrado ou doutorado em universidades de ponta situadas no mundo internacional. Para atender as expectativas os governantes precisam dobrar a oferta anual de beneficiários em dois anos, visto que até na atualidade foram concedidas apenas 20 mil vagas segundo afirma declarações da própria presidente Dilma Rousseff.

Porém, basta consultar o mapeamento da internet para perceber que na realidade foram liberadas pouco mais do que 15 mil vagas, sendo 12.635 em vigência até o mês de novembro. Dentro do site oficial do programa (www.cienciasemfronteiras.gov.br) qualquer cidadão pode realizar a consulta de todos os nomes e localidades de estudos, assim como os currículos dos pesquisadores.

Na Universidade de Coimbra, em Portugal, conta com 777 estudantes de graduação. Em termos gerais o país lusitano está no topo da lista entre as bolsas concedidas para brasileiros à Europa dentro do Programa Ciências sem Fronteiras por causa da facilidade encontrada na língua. No entanto não se pode ignorar o fato de que EUA é país que mais recebe estudantes brasileiros: 3.444.

O Programa já enviou estudantes e pesquisadores para 35 nações distintas. Na Coreia do Sul existem 92 bolsistas. Existem estudantes espalhados no Chile, China, Cingapura, África de Sul, entre outros. Mais de 75% dos beneficiados estão em cursos de graduação (11.439). Das 101 mil bolsas previstas para o programa, 75 mil são financiadas com dinheiro do Tesouro Federal, restante fica por conta da iniciativa privada.

Os primeiros estudantes que ingressaram no Programa Brasil Sem Fronteiras possuem previsão de regresso em 2013. Dez alunos de engenharia que se especializaram nos Estados Unidos possuem contrato assinado com a GE. O próprio presidente da empresa comunicou de maneira oficial a contratação ao governo federal.

Marco Antônio Raupp, ministro do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), disse em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo (26 de dezembro de 2012) que o governo está implantando diversos esforços no sentido de fixar no Brasil estudantes de ciências médicas, biológicas e naturais.

Raupp acredita que o programa Ciência Sem Fronteiras, que começou no ano de 2011, pode trazer visão internacional mais definida entre profissionais brasileiros que se formam no exterior. Economistas apontam que o plano governamental possui suma importância em consequência da formação dos profissionais que atuam no mercado de trabalho brasileiro. O desemprego no país não possui redução considerável por causa da falta de preparo de profissionais brasileiros no campo tecnológico.

Foto: oichinamandarim.blogspot.com.es

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