
Na prática, o ambiente coorporativo brasileiro não tem o costume de ser cordial. A maioria dos empregadores nem ao menos traçam uma estratégia de como incentivar o elogio e a cordialidade entre os trabalhadores. Muitos almejam melhora de produtividade somente investindo em máquinas e não entendem por que a produção continua em baixa, uma pobre ilusão, pois tornar o ambiente de trabalho mais suave, em muitos casos, é um elemento muito mais eficaz e barato. O certo é que a maioria dos estudos do gênero comprova que elogios e cordialidade no ambiente de trabalho melhoram a produtividade dos trabalhadores.
Quem é que não gosta de receber elogios, quanto mais adjetivos positivos melhor. O efeito é extremamente transformador e muda o comportamento organizacional de forma destacável. Um simples “bom dia” com um sorriso legítimo já faz uma grande diferença. Pode-se dizer que o cumprimento, independente do horário, é um grande emblema sobre como está o ambiente de trabalho da empresa. “Se é agradável até sua produtividade fica mais evidente. Você se sente confortável para ter ideias e levá-las às pessoas por que se sente que o ambiente é mais amistoso”, é o que diz Regina Gonçalves, consultora de recursos humanos.
A maioria dos pesquisadores diz que a totalidade das equipes criativas possui cordialidade explícita no ambiente do trabalho. O elogio mais recomendado é sobre o esforço do trabalhador, muito mais do que outros aspectos como: Formação profissional, beleza estética ou o QI. Porém, o empregador deve estar atento, pois normalmente o efeito só agrega êxito quando expressa a opinião legítima e sincera da coletividade, e não quando ele é feito de forma particular somente pelo chefe.
Segundo Dimas Facioli, especialista em RH, “o elogio bem feito e verdadeiro diz para equipe o que o chefe ou a organização realmente quer. Uma pessoa sem receber críticas ou elogios acaba ficando sem rumo dentro da organização. Ela não sabe se o trabalho esta sendo bem feito, ou se é realmente aquilo o que a empresa espera”.
É necessário um equilibro na estimulação do trabalhador. As críticas devem ser feitas particularmente enquanto que os elogios publicamente e sempre seguindo critérios qualitativos. No aspecto psicológico subtende-se que diante críticas sempre existirá defesas do criticado enquanto que com os elogios o zelo coorporativo fica cada vez maior. A hora certa de um elogio é: quando o funcionário faz algo gratificante pela empresa e não espera reciprocidade moral da mesma diante o fato consumado, em momentos onde o trabalhador está chateado por motivos extras ou em casos de desmotivação.
Foto: pablofausto no Flickr