No ano passado ocorreu cenário parecido. Com a queda do emprego formal o governo começou com aumento de juros e compulsórios, freando atividades produtivas e aguardando passar alguns meses do primeiro trimestre para baixar os juros e retomar crescimento no final do ano. Porém, emprego formal está deixando de ser estimulado, pois com aumento da renda do trabalhador somente o consumo doméstico é incentivado. Muitos empregadores precisam de recursos para manter empregados com carteira assinada, o chamado emprego formal, em 2012.

Os empregos formais são extremamente necessários para que ocorra crescimento real na economia. Quando empresas não conseguem segurar funcionários ocorrem quedas sequenciais nos números relacionados, o que ocorre principalmente no início de ano. Ultimamente o Banco Central encontra-se em um impasse: Lucro para empresários e gerar mais emprego formal ou poder de consumo aos trabalhadores com tendência à informalidade?
No primeiro semestre de 2011 o setor industrial sofreu um pouco com demissões e menor poder de consumo para máquinas ou recursos humanos. Com salários altos, o caminho foi seguir com contratações informais.
A Taxa Selic:
A taxa Selic sofre corte consideráveis desde agosto de 2011, medidas de controle da inflação. Entretanto, mesmo com porcentagem baixa o país não consegue lucrar qualitativamente. Empresários não conseguem renda qualitativa para investir nos seus respectivos setores industriais e enquanto isso os trabalhadores informais ficam inseguros quanto às futuras renumerações, segurando o consumo.
Expectativas de Emprego
É esperado estabilização neste cenário na metade do ano. Isto porque 2012, para muitos especialistas, sinaliza um balanço para grandes empreendimentos, onde empreendedores devem segurar contratações e produção até o segundo semestre, para começar 2013 em todo vapor, atendendo à alta perspectiva de crescimento entre 2014 e 2016.
O rendimento do trabalhador também deve aumentar por causa do salario mínimo (R$ 622, desde 1° de janeiro). Governantes almejam segurar o máximo possível à taxa de desemprego (pelo menos 6%) para produzir com mais elasticidade a médio e longo prazo.
Juros e inflação:
Por mais que o governo busque nos juros a principal saída para conter avanço nos índices de preços, combater movimentos inflacionários neste novo ano representa objetivo complexo aos governantes. Com a elevação da classe C, brasileiros estão consumindo avidamente bens e serviços. Para continuar crescendo, comerciantes e industrias devem aumentar os preços ou a circulação de produtos. O mercado interno está misterioso para 2012. É necessário que ocorra aumento das ofertas para classe C ou diminuição do consumo da mesma para obter-se dinamismo no ciclo econômico.
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Foto: Crivella no Flick