
Quase sete mil trabalhadores estão na greve corrente nos arredores da construção de Belo Monte, erguida sobre o Rio Xingu. O Sindicado dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada afirma que cerca de 80% dos empregados aderiram ao movimento grevista, prejudicando de forma crucial o andamento das obras. Saiba mais sobre a greve das obras hidrelétricas do Rio Xingu.
Desejos dos funcionários de Belo Monte
A principal reivindicação dos trabalhadores está na melhoria das condições de trabalho, fator decisivo para governantes autorizarem os movimentos contestatórios. A usina promete ser segunda maior do país e está sendo erguida na Amazônia em meio aos amplos protestos de ecologistas e movimentos indígenas.
Reivindicam ainda o triplo dos subsídios oferecidos e na assistência alimentícia. Outro desejo está no aumento das viagens para outras regiões no intuito de ficam com maior tempo ao lado da família. Na atualidade da região está oferecido plano semestral enquanto que trabalhadores lutam para viajar em cada trimestre.
Bloqueio humano
A estrada situada entre os locais da obra e a cidade de Altamira foi bloqueada por manifestantes. Esta representa única saída de acesso à represa. Quem não aderiu às ações grevistas fica impossibilitado de realizar acesso ao lugar da construção.
As obras estão atrasadas de forma considerável afirma o Consórcio Construtor Belo Monte. Desde a aprovação da greve por assembleia de trabalhadores realizada na metade do mês de fevereiro a estrutura está parada.
A empresa empregadora aceita acrescentar 16% na ajuda de alimentação e aumentar viagens de nove para dezenove dias, mas mantendo a periodicidade semestral. As propostas foram recusadas pela maioria da classe trabalhadora que permanece trabalhando na reivindicação.
Previsão para o final da construção
Críticos apontam que a previsão de erguer a usina até o início de 2015, como preveem os governantes, não será alcançada em consequência do ritmo das negociações para a retomada do itinerário. Algumas fontes oficiais já admitiram expectativa do atraso. Belo monte será a terceira maior usina do mundo, ficando apenas atrás de Itaipu e da líder chinesa: Três Gargantas.
A hidrelétrica possui investimento de quase US$ 11 bilhões (aproximados R$ 20 bilhões) e capacidade de gerar até 11 mil megawatts quando o Rio Xingu está na época da cheia. Esta não representa a primeira paralisação de Belo Monte. Movimento se soma aos realizados na construção de Santo Antônio e Jirau, represas projetadas no Rio Madeira. Ministério Público também representa barreia devido ao atraso para conceder a licença ambiental.
Foto: nuestroplanetaeshermoso.blogspot.com