
Lula afirmou isso em reunião realizada pelo BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento. Encontro realizado no Rio de Janeiro incumbido em estabelecer políticas auxiliadoras nas negociações econômicas entre Brasil e África.
O ex-presidente, que de forma constante é convidado para participar de encontros ou palestras importantes no aspecto econômico, mencionou que ao invés de investir dinheiro para resguardar a geração de emprego, europeus preferem confiar os gastos na recuperação do sistema financeiro.
No final do discurso, Lula afirmou que os países ricos respondem a crise com austeridade, beneficiando os culpados com quantias bilionárias e prejudicando a classe de trabalhadores que, de certa forma, não possuem relação direta com as causas da crise econômica. Na Europa, nações conhecidas pelo destaque econômico demitem trabalhadores em massa. De forma principal na Espanha, Portugal e Itália.
Baixa na geração de emprego em terras europeias
Um dos maiores problemas apontados pelos críticos econômicos europeus está na fraca geração de emprego que afeta em grande parte os jovens sem experiências. De acordo com a com a OIT – Organização Internacional do Trabalho – as nações do Euro podem perder cerca de 4,5 milhões de postos de trabalho nos próximos quatros anos caso as atuais políticas de austeridade forem mantidas.
Os sistemas financeiros são dependentes das ações propostas de forma principal por França e Alemanha, que em conjunto, mantêm as medidas de recuperação baseada apenas nos sistemas financeiros. A metodologia está sendo criticada por não trazer benefícios à classe trabalhadora europeia.
Portugal é uma das nações que mais sofrem com a crise na atualidade. Entre o final dos anos 90 e início de 2000 os portugueses se destacavam na economia da Europa. Os governantes apostaram na auto-regulação para continuar crescendo em níveis recordes, não contando com crise que cegou em 2007 para interromper o crescimento consideravelmente.
Sem políticas preparadas para assegurar emprego e consumo nos dias difíceis, Portugal sofre para retomar o aumento da produção e dos sistemas financeiros, podendo alcançar a faixa dos 22 milhões de desempregados até 2016, mais de 05 milhões superiores ao número da realidade: 17,4 milhões.
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