
O governo apresentou o projeto para a Câmara para fixar a política de valorização do salário mínimo de 2012 a 2015. No primeiro artigo do projeto o governo estabelece o valor de R$ 545 para o salário mínimo. Nesta sexta-feira o presidente da Câmara Marco Maia confirmou a intenção de votar o novo valor do salário mínimo na próxima quarta-feira em uma sessão extraordinária da Câmara.
Segundo o projeto, o novo valor de R$ 545 valerá a partir do primeiro dia do mês subsequente à data de publicação da lei, ou seja, a partir de primeiro de março, se o projeto for aprovado na próxima semana na Câmara e depois no Senado.
Para constranger as centrais sindicais o governo escolheu o deputado Vicentinho (PT-SP) para ser o relator do projeto. Ele já conversou com o presidente da CUT, Artur Henrique, e ainda vai conversar com as demais centrais comandadas pelo presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).
Vicentinho afirmou: “Minha preocupação é que não haja quebra de acordo. O líder do governo me informou que não há margem de negociação dos R$ 545”. E o líder do PT-SP na Câmara, Cândido Vaccarezza, advertiu publicamente que não há possibilidade de negociar o montante determinado pelo governo. Mas as centrais discordam com o novo valor do salário mínimo e eles vão apresentar uma emenda, com apoio do DEM, do PV e até do PSDB, para que o novo salário seja de R$ 560.
O presidente da Câmara Marco Maia disse: “Vamos ouvir empresários, sindicalistas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que vai trazer argumentos do governo, e parlamentares da oposição”. Mas a expectativa do presidente da Câmara é que os deputados votem o tema com responsabilidade, dando ao salário mínimo o valor mais adequado, respeitando o equilíbrio econômico e fiscal do país.
Foto: gtavares no Flickr