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Oferta de trabalhadores capitalistas na ótica marxista

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Teoria maxista
Visão marxista da oferta de trabalhadores
Marx possui argumento de que o capitalismo se desenvolve com a composição orgânica do aumento no capital, com a massa constante crescendo mais do que a variável. Ou seja, menos trabalhadores podem produzir tudo que é necessário para as necessidades da sociedade. Além disso, o capital se torna concentrado e centralizado em poucas mãos.

Sendo esta a absoluta tendência histórica, parte da população ativa tende a se tornar excedente às exigências da acumulação de capital ao longo do tempo. Ao longo prazo os indivíduos possuem tendência de ficaram empobrecidos em detrimento do sucesso dos detentores dos meios de produção.

Dependendo do estado da economia, o exército de reserva de trabalho vai expandir ou contrair, alternadamente sendo absorvido ou expelido do número de trabalhadores.

Em termos relativos os movimentos gerais de salários são regulados por expansão e contração do exército industrial de reserva. Estes correspondem às mudanças periódicas do ciclo industrial.

Eles não são determinados por variações no número absoluto de população ativa, mas por proporções variáveis em que operários se encontram divididos de modo ativo no exército de reserva, por aumento ou diminuição na quantidade relativa do excesso populacional ou extensão em que está absorvida e livre.

Marx diz que o relativo excedente populacional representa da lei de oferta e procura. A disponibilidade de mão de obra influencia as taxas salariais, quanto maior a força de trabalho dos desempregados cresce mais isso força os salários para baixo. Por outro lado, se há abundância de empregos disponíveis, isso tende a elevar o nível médio salarial – nesse caso trabalhadores são capazes de mudar de emprego de maneira rápida para obter melhor remuneração.

Composição da superpopulação relativa

Marx argumenta que a superpopulação relativa tem três formas: Flutuação, latentes e estagnados:

  • Flutuante refere-se aos desempregados temporários (“desemprego conjuntural”).
  • Latente consiste em que segmento da população que ainda não está integrado na produção capitalista – por exemplo, parte dos trabalhadores rurais. Ele forma uma piscina ou reservatório de potenciais trabalhadores às indústrias.
  • Estagnação é composta de pessoas marginalizadas com “emprego irregular”. Seu mais baixo estrato (exceto criminosos, vagabundos e prostitutas).

Uso moderno na acadêmica: estudo da composição da superpopulação relativa

Os termos de Marx estão quase perdidos na atualidade. Mas os referentes têm sido tópicos de exame notável na economia moderna. Sir Arthur Lewis, por exemplo, cita o estudo da composição da superpopulação relativa como contribuição específica para a economia no discurso de aceitação do Prêmio Nobel.

Foto: tarcivan.blogspot.com

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