
Mesmo com o país registrando uma das taxas de desemprego mais baixas de toda sua história (5,2%), pedidos para auxílio desemprego aumentaram no segundo semestre de 2011. O orçamento da União está sentido este peso consideravelmente. MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) promove programas para reduzir gastos com seguro-desemprego.
Quem fica desemprego e solicita entrada no seguro-desemprego está automaticamente cadastrado para novas vagas. Desde setembro a instituição trabalhista cruza dados existentes entre números de desempregado auxiliados e vagas de emprego disponíveis no mercado de trabalho.
Quando cidadãos estão fornecendo documentos para solicitar pedidos, atendentes procuram no banco de dados informações sobre novos postos de trabalhos relacionados com experiência e formação profissional. Caso haja disposição de vagas, muitas vezes pode-se sair empregado justamente no momento de solicitar este direito trabalhista.
Entretanto, quem não consegue encontrar vagas na ocasião pode deixar telefone para contato, pois funcionários da instituição ligam para beneficiários assim que surgem oportunidades. Basta comparecer novamente no órgão ministerial e solicitar os dados da oferta, bem como local onde realizar entrevistas de emprego pré-agendadas.
Surpresa nas ligações:
Existem fatos difíceis de compreender. Grande parte das ligações realizadas para solicitantes acaba não logrando êxito justamente pela falta de vontade. Muitos beneficiários preferem continuar desempregado recebendo renumeração a aceitar em novas oportunidades. O índice de negação aumenta ainda mais no final de ano.
Alguns falam claramente que optam ficar parados no momento justamente por estarem recebendo. Há inúmeras formas de desculpas, sendo que “doença” acaba sendo citada na maioria das respostas.
Atenção:
Somente é permitido recusar ofertas de trabalho do MTE duas vezes sem justificativa comprovada. Na terceira vez todo benefício fica suspenso, inclusive o seguro-desemprego. Na prática, este programa governamental serve justamente para recolocar rapidamente funcionários demitidos no mercado de trabalho. Entretanto, gastos estão ficando exorbitantes, simbolizando que seu legítimo objetivo não está sendo alcançado.
Entre janeiro e setembro de 2011 foram gastos aproximados R$ 16,98 bilhões com este benefício. Aumentou mais de R$ 2 bilhões se for levado em consideração números do mesmo período em 2010: R$ 14,25 bilhões. O Departamento de Emprego do MTE diz que este aumento do salário mínimo acabou gerando mais gastos ao governo. Vale ressaltar que R$ 422 representa a renumeração mínima oficial para 2012.
Neste cenário também podem ser encontrados trabalhadores informais que continuam recebendo benefício. Fundo de garantia, indenização, seguro desemprego e cachês sem descontos ao INSS – atrativos que certamente trazem renumeração maior do que salário integral com desconto.
Fonte: MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)
Foto: ZeroCreatives