
O que mais foi falado nos mais diversificados meios de comunicação que divulgaram debates e campanhas políticas entre todos os candidatos com chance de vencer as eleições para qualquer cargo político é que a geração de empregos aumentaria.
Contudo, muitos venceram e poucas promessas neste sentido foram cumpridas, fato nada raro neste país tropical. Os números evidenciam mais uma mentira de nossos representantes. De acordo com o CAGED ocorreu 36% de queda na geração de novos postos de trabalho.
Foram criadas 190.446 mil novas vagas de emprego formal com carteira registrada no mês de agosto. O número é 36% inferior do valor registrado em julho, quando foram quase 300 mil legítimas oportunidades. O índice foi divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados na metade de setembro. Vale dizer que este órgão está intimamente ligado ao Ministério do Trabalho.
Especialistas indicam que julho sempre demonstra maior contratação devida abertura da temporada europeia ou pelas férias do meio de ano que geram bastante movimentação financeira na área turística. Contudo, matematicamente pode-se dizer que houve 1,8 milhão em detrimento a 1,6 demissões. O que aponta mercado de trabalho bastante instável com grande risco de negativação nos próximos meses caso não haja interferência imediata política neste aspecto.
Serviço, comércio, indústria relacionada com transformação e construção civil foram setores que mais colaboram com os números atuais.
Apesar da inesperada e brusca queda, o ministro Carlos Lupi está bastante positivo no que tange ao futuro: “Vamos ter um setembro muito bom e um outubro muito bom também. Em comparação ao ano passado, você tem uma diminuição, mas você não tem uma recessão. Você não tem uma queda abrupta da geração de emprego”.
Desde o início do ano até agosto foram gerados aproximados 1,8 milhão de empregos, resultado inferior ao do ano passado com 2,1 milhões. Queda de 16,8% no acumulado anual. Ressalta-se que no início de 2010 o governo esperava aumento de três milhões de novos postos. Porem, a maioria dos especialistas aponta para o número para 2,7 milhões.
“Vamos ter um cálculo mais preciso a partir do mês que vem, mas a tendência é que esse ano não seja tão bom quanto à gente esperava. Será um pouquinho menos que os três milhões que eu previa”, assumiu Lupi.
Desde quando o PT assumiu a presidência foram gerados mais de 17 milhões de trabalhos. Mesmo com a crise econômica o índice sobe muito mais qualitativamente do que em outras grandes potências do mundo.