
As figuras das presidentes de diversos países na América Latina explicitam de alguma forma que o poder feminino está começando a ser mais respeitado nestes tópicos. As mulheres estão ganhando maior espaço no mercado de trabalho, fruto também do aumento dos índices femininos nas escolas de ensino superior. O cenário começa a clarear no sentido de menos discriminação em favor da igualdade, preceito básico da democracia. De fato, a capacidade de trabalho deve ser colocada mais a favor do que o sexo dos trabalhadores na hora da contratação.
“Trabalho e família: Mulheres da América Latina e do Caribe em busca de um novo equilíbrio” é o nome do estudo realizado pelo BIRD (Banco Mundial) e divulgado em Nova York por Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e titular da cadeira da ONU mulheres.
A maioria das regiões conta com aumentos consideráveis sobre a relativa temática. Em 50 anos os países latino-americanos dobraram o índice de mulheres presentes no mercado de trabalho formalmente. Vale ressaltar ainda que o Brasil conseguiu triplicar seu índice, sendo um dos grandes destaques do relatório que teve repercussão em todo o mundo corporativo como a grande nação onde a igualdade é muito mais presente aos cidadãos no ambiente de trabalho. Outros países também conquistaram seus destaques nas mais variadas áreas qualitativas e quantitativas.
Outro ponto fundamental da análise foi o registro de maior número de mulheres registradas em cursos acadêmicos do que homens em todo o território analisado. As mulheres latino-americanas estão aproveitando a chance de maior igualdade para se qualificar e conquistar os melhores cargos, além de se destacar nas profissões mais antagônicas. Contabilizando desde o início dos anos 80 do século passado registrou-se aumento de quase 70 milhões de empregadas oficialmente com carteira assinada. De fato, o estudo assegura que existem mais mulheres trabalhando fora do que dentro de casa. Sem contar que o número de empregados solteiros de ambos os sexos é bastante parecido.
Depois da redemocratização dos países da América Latina os governos começaram a intervencionar na economia com muito mais clareza no intuito de sempre gerar emprego qualificadamente para todos os tipos de classe social. A igualdade faz parte da doutrina e as mulheres não ficam de braços cruzados vendo os homens dominarem e ditarem as regras que comandam o mundo. Foi um longo caminho percorrido em um curto espaço de tempo, evidenciando de fato todo o poder que existe nas trabalhadoras latino-americanas.
Leia mais:
Discriminação contra mulheres negras no trabalho
Foto: Altamiro no Picasa