
Depois da instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em diversos morros cariocas a população de jovens que deixaram atividades ilícitas aumentou consideravelmente junto com sua demanda por trabalho. A venda de drogas proibidas ainda continua, só que em menor proporção, pois conta com apenas 20% da sua movimentação usual ocorrida antes que o exército chegasse ao local. Mais de três mil jovens que deixaram o tráfico querem trabalhar legalmente no Estado do Rio de Janeiro. Governo carioca precisa incluir urgentemente estes trabalhadores no mercado de trabalho.
Segundo a Secretária de Assistência Social do estado são aproximadamente 3.600 jovens que se encontram nesta situação. Estes garotos estavam acostumados com salários de até R$ 8 mil nos meses onde existia maior movimento de vendas dos ilícitos.
Hoje em dia as renumerações nestes locais são de aproximados R$ 800, sendo que o perigo contra confrontos policiais aumentou consideravelmente, pois grande parte do conflito acontece contras as forças armadas em diversos pontos da cidade, principalmente nos grandes e culturais morros da cidade maravilhosa.
Esta quantia esta equivalente ao salário recebido por profissionais que acabam de ingressar no mercado de trabalho lícito. Neste sentido, os mais jovens preferem trabalhar formalmente, podendo contar com todos os benefícios da CLT, mais outros adicionais que empresas costumam a oferecer para sua força de trabalho.
Especialistas são pragmáticos em dizer que a melhor saída para o governo seria investir em cursos profissionalizantes de curta duração. Estes cidadãos poderiam de tornar trabalhadores rapidamente, conquistando maior renumeração para investir em capital humano e ajudar suas famílias de forma legalista.
Porém, enquanto os governantes se mechem em passos lentos, muitos sem oportunidade acabam voltando para o mundo do crime por questão legítima de sobrevivência. Na prática, o povo almeja apenas alguma oportunidade para ganhar seu dinheiro honestamente e ser reconhecido pelo Estado.
A própria quantia recebida pela previdência já arcaria com os gastos para preparação profissional no intuito de assumir novos postos de trabalho para esta população carente. De fato, falta de perspectiva representa uma grande realidade vivida nestes ambientes de repressão constante.
Pode-se dizer que esta problemática não pode ser resolvida apenas com tiros de fuzis por ambas as partes. Inclusão social deve entrar em pauta, fato que infelizmente foge mesmo da própria grande imprensa brasileira que na fobia pelo sensacionalismo prefere apimentar ainda mais a realidade ao invés de buscar opiniões de especialistas que trazem soluções com maior nível de pragmatismo.
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Foto: DavidChaves no Picasa