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Rotinas do jornalista esportivo na web

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Internet oferece bons chances de emprego para os jornalistas esportivos.

De todos os gêneros jornalísticos o esportivo é sem dúvidas o mais ambicionado pelos estudantes da área. Um dos motivos disto acontecer, além da paixão natural do brasileiro por futebol, é o Ibope. Uma realidade bem complicada no país. Se compararmos duas capas de jornais, uma destacando o aumento da inflação real e a outra enfocando a nova contratação do Flamengo, as vendas da primeira opção despencam em detrimento do entretenimento esportivo.

Percebam que entre a cobertura do PANAMERICANO e a disputa de mais um clássico de futebol na capital paulista, o último evento é bem mais enfocado. Triste realidade da impressa brasileira que não investiga direito nem o motivo do país não ter forte força nos esportes olímpicos. A maioria só que saber de futebol, jornalistas e leitores.

O jornalismo sofreu diversas reformulações tecnológicas e ideológicas durante a história. Com o advento da internet as informações mundiais passaram a ser a convertidas e divulgadas digitalmente. Com a chegada da Copa do Mundo de 2014 a procura pela atuação na área fica cada vez mais extremamente acirrada em terras tropicais.

Uma grande tendência do jornalismo esportivo é a interação com o usuário. Muito mais do que nos outros gêneros, no esporte, o jornalista se depara com centenas de mensagens que elogiam e criticam o trabalho realizado. Os leitores se sentem envolvidos com a produção jornalista. O conhecimento em mídias e redes sociais, hoje em dia, é extremamente importante para os profissionais da área.

Diante o sucesso do gênero no país muitos abusam no enfoque de tratamento dado às notícias dentro do ciberespaço. Por exemplo, existe um site de esportes promovido por uma grande emissora de TV que, na fobia de Ibope, coloca todo o tipo de interação com o usuário, escapando por vezes do limite ético entre o valor e a sensação da informação.

No caso, o site comentado aqui traz um link de interação chamado “saquem com o Bernadinho”. Para a maioria dos leitores, não-jogadores profissionais de vôlei, o link acaba sendo um método apelativo de geração de links. Este aspecto é bem natural no jornalismo esportivo, a construção da sensação de participação do usuário na informação. Apesar de ser uma arma interessante, não se devem ultrapassar os limites éticos, pois muitas vezes estes exemplos acabam virando motivo de chacota entre os usuários e a academia, além de representar um grande paradigma de como não fazer jornalismo esportivo.

Vale frisar que a informação na web ainda não tem tanta credibilidade quanto nos impressos. Por isso que a checagem da informação com todo o seu peso de tempo é primordial. A concorrência fica entre os grandes portais de informação na internet e os periódicos esportivos especializados que, dia a dia, vem migrando para publicações na WEB diante o barateamento de produção da informação proporcionado.

Dois grandes exemplos são: A Gazeta Esportiva e o Diário Lance. Antes os dois impressos eram os mais famosos, e mesmo com o advento da internet, as duas redações continuam mantendo grandes equipes onde normalmente existe um repórter especializado para cada esporte, sendo que no futebol existe, pelo menos, um jornalista para cada clube de futebol coberto.

É claro que ser contratado por uma empresa particular, efetivamente, para exercer jornalismo esportivo pela web é interessantíssimo. Porém, hoje em dia, diante as facilidades das ferramentas de construção de sites e blogs, qualquer um pode ter uma livre iniciativa de criar uma super marca do segmento utilizando custos modais. Tampem existem redatores que trabalham por conta própria para portais, sites e blogs. Existem muitas oportunidades para todo o redator freelancer.

De certa forma, o mercado de trabalho do jornalismo esportivo é bem mais democrático do que a maioria das outras profissões. Depois da emenda constitucional que libera o exercício profissional de jornalista para qualquer cidadão brasileiro, até quem não possui formação jornalística pode investir na idéia.

A internet é o meio mais rápido para dar um furo de notícia. Depois que o jornalista consegue os dados, em poucos minutos a notícia pode ser publicada. Uma característica muito marcante, pois normalmente nos outros meios de comunicação é necessário esperar a circulação do jornal, ou a hora do início do programa.

A web chegou, também, para realizar todas as aspirações dos maníacos por esporte. Diante a concorrência voraz do meio, a qualidade é um diferencial junto com a imparcialidade e a apuração bem feita dos fatos. Falar outras línguas auxilia diretamente neste processo diante a cobertura dos grandes eventos mundiais futebolísticos, como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas.

Um aspecto negativo é a constante focalização nos grandes clubes da região sudeste do país. Fuja da mesmice, utilize o conhecimento adquirido no sudeste para enfocar todos os grandes clubes do país, bem como os mundiais. Divulgue curiosidades. Pesquise o que está sendo falado, busque informações diferentes com um olhar exclusivo sobre o fato. Ao contrário das outras áreas, no jornalismo esportivo a padronização do público alvo não é uma receita dada para o sucesso do consumo de informação, pois os receptores são extremamente genéricos.

Foto: Bob Photo.

One Comment

  1. Imma

    3 junho, 2011 at 2:07 pm

    Que legal¡

    Reply

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