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Utilize a bicicleta como meio de transporte para ir ao trabalho

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Bicicleta para ir a trabalhar
Utilize a bicicleta para ir ao trabalho

A condição do trânsito das grandes metrópoles brasileiras piora a cada dia. As vias estão deploráveis em grande parte das regiões metropolitanas. O congestionamento de veículos particulares e públicos é terrível, especialmente na hora do rush. Apesar de todas estas complicações, ainda encontramos pessoas que sempre estão sorrindo e bem dispostas no ambiente de trabalho. Será que elas não pegam trânsito? Estejam certos, elas pedalam diariamente.

Não é novidade nenhuma que o ambiente e a ecologia do país seriam os mais beneficiados. Porém, vale notar outro aspecto, o social. O melhor jeito de humanizar o trânsito é estimular o uso da bicicleta, muitas mortes seriam evitadas neste sentido se a maioria da população usasse bicicleta como meio de transporte principal. Tanto pelas características robustas dos automóveis que além de pesados atingem alta velocidade em poucos segundos prejudicando a natureza, quanto pelo “estresse”, a doença que mais mata pessoas neste século.

O diretor do Departamento de Mobilidade Urbana da Secretária Nacional de Transportes e Mobilidade Humana, Renato Boareto, diz que “o país vive uma carnificina no trânsito; São números de uma guerra”. O Brasil possui média anual de quase 30 mil óbitos e 320 mil feridos em acidentes ocorridos em seu caótico sistema viário e rodoviário de trânsito. Sendo que cerca de 120 mil pessoas acabam ficando deficientes físicas para o resto da vida.

A ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) diz que as bicicletas representam 7,4% dos deslocamentos nas cidades. Estima-se que existem 50 milhões delas circulando no Brasil, sendo que o crescimento dobrou em dez anos. Existem alguns meios de transportes coletivos, como o metro em São Paulo, que fornecem serviços gratuitos de aluguel de bicicletas, são os bicicletários. Porém, muito mais importante seria a implantação de paraciclos junto com a estrutura urbana dos transportes públicos. Assim, todos teriam um lugar para estacionar a sua “magrela”.

Em São Paulo existem 23 km de ciclovias sendo que o governo planeja construir 300 km, o que ainda é pouco. E mais, estes trajetos devem ser altamente pesquisados antes da implantação, pois não adianta ligar à ciclovia a lugar nenhum. O Estado não deve encarar este projeto pensando que isto é um pequeno espaço redondo em parques onde é permitido pedalar, mas sim como plano alternativo de trânsito altamente integrado a vida cotidiana das pessoas e ao controle do Estado.

Por fim pode-se dizer que a bicicleta traz muitos benefícios à produção e a saúde do trabalhador. Em plenitude, a estrutura das empresas brasileiras deve ser mudada, onde a presença de paraciclos, chuveiros e vestiários deveria ser tão natural quanto à caixa de bater o ponto. Os atuais ciclistas concordam que hoje são bem mais resistentes e produzem o triplo do que antes, sendo que o tempo de percurso entre o trabalho e a residência demorava pelo menos três vezes mais. E o mais importante, bem vindo ao fim do estresse – tenha a mente serena, o corpo sadio, os dias felizes e as noites sem roncos.

Foto: blog.saude.gov.br

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