
Uma grande problemática da força de trabalho brasileira é a baixa qualificação da mão de obra dos trabalhadores, deficientes físicos ou não. Porém, esta acaba sendo mais uma barreira para os deficientes físicos que estão ávidos para entrar no mercado de trabalho e seguir uma rotina normal de vida. Já não basta o preconceito pela condição física, ainda precisam procurar vagas que ofereçam junto com a renumeração salarial o preparo educacional adequado, pois, a grande maioria dos deficientes físicos brasileiros não possui condições socioeconômicas para investir em educação, a mesma que o Estado já esqueceu há tempos.
Esta acaba sendo uma justificativa que muitos empresários usam para não empregar funcionários com esta característica. Porém, o Estado que fiscaliza as Cotas das empresas é o mesmo que não investe em educação para mão-de-obra deficiente física. Por estes problemas acabam sempre sobrando muitas vagas. As empresas devem seguir a Lei das Cotas, e como tal é necessária a contratação de deficientes físicos, com isso, cabem aos empresários patrocinarem planos educacionais para qualificar melhor a mão de obra deficiente física, para o bem da própria produção.
O investimento é necessário e compensador. De fato, a lei não diz que os empresários devem investir neste aspecto, função primordial do Estado. Contudo, é melhor gastar um pouco de dinheiro e ter um profissional habilitado rapidamente do que esperar o governo fazer alguma coisa, se não, multar o empreendimento pelo não preenchimento de vagas segundo estipula a Lei de Cotas – de certa forma o Estado acaba forçando o empreendedor a investir também em educação para ter mão de obra qualificada nesta esfera. É a famosa lei imposta implicitamente.
Por isso, com o intuito de alcançar a Lei de Cotas e se tornar legalista invista em planos educacionais para candidatos deficientes físicos. Na prática, nem os donos de empresas sabem como fazer isso sem ter gastos excessivos. Cabe ao empreendedor fazer acordos com escolas de cursos técnicos, consultorias e organizações que dia a dia florescem captando este nicho de mercado.
Vale notar que educação é primordial. O empregador com espírito paternal seleciona candidatos mais preparados com o intuito de fortalecer a imagem social da empresa. Para os deficientes físicos, ter o sentimento de utilidade está além da paridade salarial e igualdade nos direitos trabalhista que o mesmo possui. NA verdade, este é o melhor tipo de integração social que a empresa pode proporcionar para a sociedade, disponibilizar e investir em vagas para candidatos deste gênero.
É necessário ter tanto cuidado educacional para com os deficientes físicos (adultos e crianças) quanto aos professores especializados nos mesmos. O Estado deve oferecer mais atrativos para os mestres se especializarem nesta área, pois existem muito poucos interessados. A exclusão social e a falta de políticas públicas mais atuantes e confiscatórias são outras duas grandes causas da problemática da falta de preparo da mão-de-obra deficiente física.
Um pequeno título de informação que explicita este fato social nacional: segundo a APPD (Associação Paraense de Deficiência Física) 32% dos associados são analfabetos, 53% têm ensino-fundamental incompleto e 5,8% estão com ensino-médio completo, sendo que somente 0,43% possuem curso superior completo.
Foto: vagasestrategicas.blogspot.com