
O marketing pessoal é uma ferramenta para alcançar seus objetivos profissionais. Não consiste somente em um elemento utilizado para a busca de emprego, nos auxilia também a nos tornarmos pessoas mais criativas, empreendedoras e estudar mais quem realmente somos, que capacidades e recursos temos para realizar algo totalmente diferente do que já fizemos. Serve como uma alavanca estratégica.
A marca pessoal ou Personal Branding tem por objetivo construir sua própria marca e lhe ajuda a se destacar e ser importante no seu campo de atuação, a ter notoriedade com seu público alvo, a melhorar sua imagem e lhe fazer mais visível, a lhe diferenciar de outros profissionais, sobressair-se em sua empresa, entre outros aspectos. Aprender a melhorar nossa capacidade de impacto e influência sobre as outras pessoas pode ser uma grande diferença para o êxito profissional. Não basta somente ter boas ideias, mas sim a capacidade de transmití-las.
O marketing não se aplica unicamente aos produtos e serviços, também podemos aplicá-lo de forma individual a nós mesmos. É um sistema total de atividades idealizado para planejar pessoas, satisfazer necessidades e desejos, desenvolver estratégias comerciais como a segmentação para saber a que mercado se dirige, uma análise pessoal, um posicionamento de tempo, espaço e metas. Desenvolver seu marketing pessoal não consiste somente em obter visibilidade e mostrar solidez profissional, implica em conhecermos melhor a nós mesmos, planejar metas e objetivos, nos comprometermos com a melhoria contínua, desenvolver e implementar a nossa própria identidade e destacar nossa vantagem competitiva.
Pensemos no marketing pessoal por diversas visões. Um gestor tem necessidades para satisfazer, um político tem sua intenções para divulgar e promocionar, um empreendedor tem sua criatividade para desenvolver, um desempregado tem a necessidade da vaga de trabalho e assim por diante. Lembre-se que as melhores marcas pessoais são capazes de comunicar o que representam em poucas palavras. Um exemplo bem claro seria o do candidato e hoje Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que teve um sucesso enorme em definir-se em uma só palavra: mudança (change).
O marketing pessoal está diretamente ligado à comunicação persuasiva, que não tem por objetivo manipular, mas sim facilitar o diálogo com os demais e saber o que quer escutar de nós o recrutador durante a entrevista. Para colocar a comunicação persuasiva em prática devemos:
- Escutar ativamente: prestar muita atenção ao que afirma e pergunta o entrevistador e saber interpretá-lo ( o que ele quer escutar a seu respeito). Há pessoas que não escutam o interlocutor porque se distraem preparando o que vão dizer.
- Analisar metamodelo de linguagem: consiste em estudar como se expressa o entrevistador. Quais as palavras que ele utiliza de forma repetida, quais as ideias que afirma com frequência, que tipo de perguntas faz, entre outras. Isso ajuda a deduzir o que realmente importa ( as pessoas, os resultados econômicos, o trabalho bem feito). É uma análise que requer prática mas que com o tempo se torna muito eficaz.
- Utilizar a técinica da estimulação: neste ponto, além de observar há também que copiar. Devemos imitar com tato os movimentos, a gesticulação e o tom de voz do recrutador. O objetivo disso é alinharmos seu estilo de comunicação.
- Observar o ambiente: os minutos de espera na recepção da empresa podem nos fornecer informações interessantes. A decoração, a idade, a forma de vestir dos outros empregados, os livros, revistas e jornais disponibilizados dizem muito sobre a empresa.
A comunicação persuasiva é a base do marketing pessoal, mas para que funcione deve formar parte de uma estratégia para construir nossa própria imagem. Isso significa nos apresentar aos demais de uma determinada maneira, sem tentar enganar, manipular ou mudar nossa personalidade. A imagem se cria a partir de todos os elementos de comunicação que nos rodeiam: a forma como nos vestimos, como falamos, observamos, escrevemos, gesticulamos e atuamos. Tudo isso deve gerar uma combinação coerente.
Quando falamos em marca pessoal podemos equiparar as pessoas às marcas, pois possuímos atributos, nos associamos a determinados valores e ocupamos um posicionamento dentro de um contexto.
Quando tenha claro o que você pode oferecer e a que objetivo deseja chegar, você deve estudar o mercado para ver o que já está sendo feito a respeito e traçar um paralelo com as suas reais chances de obter um determinado emprego. É sempre válido pesquisar os setores com mais oferta de trabalho, os requisitos mais solicitados pelas empresas, que tipo de salário e benefícios oferecem. Toda essa informação lhe servirá para perparar um plano de ação personalizado, elaborar um bom currículo e uma boa carta de apresentação, pesquisar as melhores ofertas e ativar sua rede de contatos. Uma regra básica para evitar a perda de tempo de ambas as partes, isto é, entre as empresas que buscam funcionários e os candidatos que buscam emprego, é identificar-se sempre com todos os requisitos solicitados pela oferta de trabalho e poder aportar algum diferencial a mais. São muitos os exemplos de pessoas que fazem sua inscrição para uma oferta de trabalho que exigem um nível fluente do idioma inglês, por exemplo, e não o possuem. E o marketing pessoal funciona ao contrário disso, não se trata de mentir e sim de destacar nossos pontos fortes nos processos de seleção.
Podemos pensar em estratégias que auxiliam a pensar antes de uma entrevista como por exemplo o que você pode oferecer à empresa (conhecimentos, experiência, habilidades pessoais). Seu projeto profissional (o que você gosta ou não de fazer, em que tipo de empresas ou setores lhe interessa trabalhar e em que condições. Muitas pessoas não têm êxito na busca por trabalho porque enviam milhares de currículos sem saber o que realmente lhes interessa.
Devemos evitar equívocos do tipo: vender uma imagem de pessoa séria e responsável e chegarmos atrasados a uma entrevista de seleção, isso se chama desorganização. Dizer que nosso ponto forte é a atenção aos clientes e logo enviar-lhes um e-mail em tom coloquial e com erros de ortografia. Assim como destacar como ponto forte a autoconfiança e não olhar nos olhos do entrevistador durante a entrevista.
A imagem própria é construída pouco a pouco e se inicia com os detalhes. Se não somos naturais, sinceros e respeitosos com nossos interlocutores nunca seremos levados com a seriedade pertinente ao tema. Somente as pessoas ‘saudavelmente ambiciosas’ podem obter resultados éticos e duradouros quando se vendem a si mesmas.
Foto: iblue.com.co
Fabio Freitas
22 março, 2012 at 10:29 am
Sem dúvida o marketing pessoal é muito importante para destacar no emprego e melhorar a imagem. Bom artigo Paula.
Sheila
29 maio, 2012 at 2:04 pm
Paula, obrigado pela visita e pelos elogio, gostei muito do seu blog ele é muito dinamico e informativo. espero que possa me dar dicas como anunciar, como faz, pois meu trabalho só conto comigo mesmo, obrigado super beijos.